Introdução
No desenvolvimento deste trabalho irei debruçar o tema
principal Agricultura que é o
conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objectivo de obter
alimentos, bebidas, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções,
medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética.
Também falarei de
Agricultura no tempo colonial, onde os colonizadores colocaram Moçambique ao seu serviço com a introdução de
culturas obrigatórias, como, por exemplo, o algodão, matéria-prima necessária
às indústrias têxteis da metrópole em franca expansão.
Agricultura
Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para
cultivar plantas com o objectivo de obter alimentos, bebidas, fibras, energia,
matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas
para contemplação estética (paisagismo)A quem trabalha na agricultura chama-se
agricultor.
O termo fazendeiro ou lavrador se aplica ao proprietário
de terras rurais onde, normalmente, é praticada a agricultura, a pecuária ou
ambos. A ciência que estuda as características das plantas e dos solos para melhorar
as técnicas agrícolas é a agronomia..
A agricultura é uma actividade económica pautada no
sistema de cultivo e de produção de vegetais, voltada para o consumo humano.
Essa actividade é muito antiga marcada no momento que o homem, de vida nómada,
decide fixar-se num local e cultivar a terra.
A agricultura é uma prática económica que consiste no uso
dos solos para cultivo de vegetais a fim de garantir a subsistência alimentar
do ser humano, bem como produzir matérias-primas que são transformadas em produtos
secundários em outros campos da actividade económica. Trata-se de uma das
formas principais de transformação do espaço geográfico, sendo uma das mais
antigas práticas realizadas na história.
A história da agricultura sugere que essa prática existe há
mais de 12 mil anos, tendo sido desenvolvida durante o período Neolítico, sendo
um dos processos constitutivos das primeiras civilizações, uma vez que todos os
agrupamentos humanos já encontrados praticavam algum tipo de manejo e cultivo
dos solos.
Em tempos pretéritos, a humanidade era essencialmente nómada.
Com o passar do tempo, foram sendo desenvolvidas as primeiras técnicas de
cultivo, elaboradas a partir do momento em que o homem percebeu que algumas
sementes, quando plantadas, germinavam e que animais poderiam ser domesticados.
Com isso, observou-se um lento processo de sedentarização das práticas humanas,
fruto das novas técnicas sobre o uso e apropriação do meio natural. Nascia a
agricultura e, com ela, desenvolviam-se as primeiras civilizações.
Com o passar das três revoluções industriais, a prática
da agricultura actual fundamenta-se em procedimentos avançados, que denotam uma
nova característica para o espaço geográfico, classificado como meio
técnico-científico informacional. Hoje, existem técnicas avançadas em manejo
dos solos, máquinas e colheitadeiras que realizam o trabalho de dezenas ou até
centenas de trabalhadores em uma velocidade maior, além de avanços propiciados
pelo desenvolvimento da biotecnologia. Isso significa que as práticas agrícolas
cada vez mais se subordinam à ciência e à produção de conhecimento.
Mas é importante salientar que não há somente técnicas
modernas sobre o meio rural. Podemos dizer que os diferentes tipos de avanços
coexistem no espaço rural, embora as grandes e mais desenvolvidas propriedades
ocupem a maior parte do espaço. Existem sistemas agrícolas modernos ao mesmo
tempo em que existem formas de cultivos tradicionais, como a agricultura
orgânica, a itinerante e a de jardinagem.
A importância da agricultura é, assim, indiscutível, pois
é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados
pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base
para a manutenção da economia mundial.
A actividade
agrícola engloba dois sistemas básicos de plantio:
Agricultura
Extensiva: baixa
produtividade, pequenas extensões de terra (minifúndios), utilização de técnica
simples ou mais rudimentares.
Agricultura
Intensiva: alta
produtividade, grandes extensões de terra (latifúndios), utilização de técnicas
modernas e mecanização.
Tipos
de Agricultura
1.
Agricultura de Subsistência: Também chamada de “agricultura tradicional”, a
agricultura de subsistência é marcada por uma economia agrícola fechada, de
autoconsumo. O cultivo é baseado na policultura e realizado a partir de
técnicas rudimentares em pequenas propriedades e sem auxílio de máquinas ou de
processo de adubagem. Dessa maneira, os pequenos produtores ficam encarregados
de cuidar, cultivar e colher os alimentos.
2.
Agricultura Orgânica (Biológica):Surgida no século XX, a agricultura orgânica, chamada de
“cultivo verde”, visa, principalmente, o equilíbrio ambiental e o
desenvolvimento social dos produtores. Está intimamente relacionada ao
desenvolvimento sustentável. Dessa forma, os alimentos orgânicos são cultivados
por meio de um controle biológico de pragas. Técnicas de baixo impacto
ambiental são utilizadas nesse sistema, como a rotação de culturas, uso de
adubo verde (biológico) e compostagem de matéria orgânica.
3.
Agricultura Comercial: Chamada de "agricultura moderna" ou de
mercado, nesse tipo de actividade pratica-se a monocultura (cultivo de um tipo
de alimento). Está voltada essencialmente, para a comercialização dos produtos
cultivados, sendo produzida em larga escala, executada em grandes propriedades
com a utilização de substâncias, como adubos, fertilizantes químicos, agro
tóxicos e insecticidas. Além de utilizar técnicas modernas de cultivo,
manipulação genética de sementes e máquinas, utilizam mão-de-obra
especializada, como engenheiros, agrónomos e técnicos agrícolas.
4.
Permacultura: Designa o processo agrícola integrado ao meio ambiente que envolve a
produção de plantas semi-permanentes e permanentes, considerando, sobretudo, os
aspectos energéticos e paisagísticos.
Agropecuária; Corresponde a união das actividades agrícola e
pecuária, ou seja, o cultivo do campo e a criação de animais, ambos destinados
ao consumo, corresponde a união das actividades agrícola e pecuária, ou seja, o
cultivo do campo e a criação de animais, ambos destinados ao consumo.
Factores
da produção agrárias
Os factores da produção agrícola são: Clima (temperatura,
humidade, precipitação, solo e relevo) Factores humanos (capital, tecnologia,
densidade populacional e questões sócias).
Condições
climáticas
Os climas têm uma função muito importante para o
desenvolvimento das plantas, onde precisam da luz solar (temperatura adequada
para o seu crescimento) e água.
Humidade
e precipitação
Para a actividade agrícola a precipitação e a humidade
dos solos são mais importante para o crescimento das plantas.
Solo
O solo é o elemento fundamental para o desenvolvimento da
agricultura pois possibilita o uso de todos os meios e técnicas agrícolas. Mais
as montanhas criam graves problemas para o desenvolvimento da agricultura.
Fatores
naturais.
O capital condiciona qualquer atividade, é o dinheiro que
permite a aquisição de equipamentos, insumos agrícolas e pagamentos de salários
aos trabalhadores. O dinheiro permite a transformação da agricultura simples
para a complexa.
Técnicas
agrícolas
As técnicas agrícolas permitem o aumento da produção
através da irrigação, adubação e o uso de máquinas agrícolas contribuindo assim
para o aumento da produção.
Agricultura
no Tempo Colonial
A agricultura colonial reflectiu o processo histórico de
integração da economia agrícola tradicional no mercado mundial.
Os colonizadores colocaram Moçambique ao seu serviço com
a introdução de culturas obrigatórias, como, por exemplo, o algodão,
matéria-prima necessária às indústrias têxteis da metrópole em franca expansão.
A agricultura, no período colonial, era exercida pelos colonos e por empresas
ou companhias organizadas com capital nacional, estrangeiro ou misto. Pode
dizer-se que no período colonial eram praticadas a agricultura empresarial e a
familiar ou de subsistência.
Em termos de áreas de cultivo, estas distribuíam-se da
seguinte forma: o coqueiro, o sisal e a cana sacarina ocupavam mais de metade
da área da agricultura de plantação. O coqueiro cultivava-se no litoral, a cana
sacarina nos vales dos rios Zambeze, Búzi e Incomáti; o tabaco, no centro e
Norte; os citrinos em quase todo o pais, com especial relevo no sul de
Moçambique, nos vales dos rios Incomáti e Umbelúzi; a cidade de Maputo
tornou-se a região de eleição para os citrinos devido à existência, no porto,
de frigoríficos, e devido facilidade de comunicação com o estrangeiro; a
bananeira foi mais cultivada em Maputo; as plantações de sisal localizavam-se
na região norte.
Todas as
culturas eram praticadas em áreas especificas, isto é, em áreas aptas para o
cultivo de determinadas culturas.
Médias
machambas dos colonos
Eram propriedades dos colonos, mas quem trabalhava nelas
eram os camponeses. Por vezes alugavam-nas aos camponeses, que lhes pagavam em
espécies ou em trabalho complementado por chibalo. A produção tinha como objectivo a satisfação
das necessidades do mercado interno e, em particular, as das comunidades de
colonos residentes nas cidades.
Agricultura
empresarial
A agricultura empresarial nada mais é aquela feita de
forma profissional, como se fosse uma empresa, ao contrario da agricultura
familiar que é apenas para seu consumo ou seja sua subsistência. Na agricultura
empresarial, o agricultor age como um empresário obtendo o controle de tudo,
tendo também nessas áreas uma tecnologia de ponta, muitos destes agricultores
possuem seu próprio armazém, além disso tem também contratos de venda, trava de
preço. A agricultura empresarial são muito reprodutivas gerando muito dinheiro
e sendo assim muito lucrativas tanto quanto uma empresa.
Hoje em dia a agricultura também precisa de profissionais
capacitados, pois a administração rural está em alta e precisa de pessoas que
tem capacidade de tomar decisões embasadas em análises do que ocorreu antes e
também a parte de planejamento do ocorrido com metas e objetivos para
encaminhamento da mesma. Já o agricultor precisa sempre estar mudando,
atualizando- se e ter um bom raciocínio, pois isso é de fundamental importância
para os bens de produção continuarem sempre em um mercado competitivo. Nesta
área existem sempre mudanças extremas, onde o agricultor sempre tenta a
diminuição de custos, podendo assim aumentar sua rentabilidade dentro de sua
propriedade.
Este tipo de agricultura era praticada pelos colonos e
por empresas ou companhias com 6investimentos avultados. Trata-se de uma
agricultura mecanizada, com possibilidades de irrigação, o que contribuía para
o êxito nas áreas com irregularidade de chuvas.
A agricultura de plantação surgiu durante o período
colonial. É uma exploração agrícola moderna, sendo a agricultura geralmente
praticada perto dos rios. A partir do século XVIII, a cultura de produtos
tropicais, difíceis de obter na Europa, foi, conjuntamente com a exploração
mineira, um dos motores da colonização. Ao açúcar e às especiarias junta-se nos
séculos XVIII e XIX, uma diversidade de plantas alimentares, como o café, o
cacau, o chá, ou industriais, como o algodão, o sisal, a copra, etc.
Características
Ø Uso de monocultura;
Ø Elevada produtividade;
Ø Altamente
científica;
Ø Uso de técnicas modernas e elevada mecanização;
Ø Feita em grandes extensões de terreno, geralmente
férteis;
Ø Mão-de-obra assalariada e barata;
Ø Irrigação;
Principais
produtos: café, cacau,
banana, borracha, açúcar, algodão, tabaco, sisal e citrinos;
Ø Elevada especialização;
Ø Uso de pesticidas, herbicidas, fungicidas e adubos;
Ø Selecção de sementes.
Agricultura
familiar
A agricultura familiar é um tipo de agricultura
desenvolvida em pequenas propriedades rurais. Recebe esse nome, pois é
realizada por grupos de famílias (pequenos agricultores e alguns empregados). A
colheita dos produtos serve de alimentos para eles e ainda, para o consumo de
parte da população.
A
importância da agricultura familiar
Ainda que seja uma atividade muito importante para o sustento
de diversas famílias que vivem na zona rural, dados apontam que cerca de 70%
dos alimentos consumidos no Brasil são fruto da agricultura familiar. Vale
frisar que, nesse processo, técnicas de cultivo e extrativismo que englobam
práticas tradicionais e conhecimento popular estão presentes.
Além disso, as famílias vivem da venda de produtos que
plantam. Portanto, a agricultura é uma importante fonte de renda familiar, a
qual surge do trabalho em equipe realizado no campo.
A agricultura familiar colabora para a geração de renda e
emprego no campo e ainda, melhora o nível de sustentabilidade das atividades no
setor agrícola. Sendo assim, a qualidade dos produtos é superior aos outros
convencionais.
A agricultura familiar ou de subsistência que era praticada
por camponeses, era uma agricultura que dependia muito das condições naturais,
particularmente da chuva. De uma maneira geral, a agricultura tradicional ou
familiar caracterizava-se por:
Uma produção feita em pequenas áreas.
Ø Uso de meios de produção rudimentares: enxadas, ancinhos,
machados e catanas.
Ø Os terrenos estarem localizados em zonas geralmente
inférteis.
Ø A mão-de-obra ser familiar ou usar-se tracção animal.
Ø Raramente se empregarem adubos químicos, pesticidas,
sementes selecionadas, etc.
Ø A produtividade e os rendimentos serem baixos.
Ø O objectivo ser alimentar a família e, em caso de
excesso, a venda.
Ø Aplicar a policultura, para diversificar a dieta
alimentar.
Ø Usar
rotação dos espaços.
Nesta agricultura, os camponeses, para além das culturas
de subsistência, dedicavam-se também ao cultivo de culturas de exportação, de
uma forma forçada ou voluntária, como culturas de rendimento onde eles pudessem
vender os seus excedentes para obter dinheiro para o pagamento de impostos e
realizar outras despesas sociais.Nos vales dos rios e margens dos lagos, os
camponeses praticavam uma agricultura intensiva.
É um tipo de actividade que se desenvolvia em parcelas
pequenas; as áreas agrícolas por família são pequenas, porque a densidade
populacional é muito elevada, isto é, a área é pequena relativamente ao número
de pessoas existentes.
A
agricultura após a independência
Após a independência, o Estado moçambicano tomou algumas
medidas visando modificar a estrutura agrária colonial a favor do povo moçambicano.
Essas medidas foram:
Ø Nacionalização da terra;
Ø Introdução de cooperativas e empresas estatais.
O sector familiar é responsável por cerca de 80% do
produto agrícola nacional, cultivando algodão, caju, milho, mandioca e mapira,
cabendo os restantes 20% ao sector empresarial, com culturas como as do chá,
açúcar, copra, sisal e tabaco. A agricultura continua a ser a principal
actividade económica do país, ocupando cerca de 80% da população activa e
contribuindo ainda para uma boa parte do Produto Interno Bruto (PIB).
Representa cerca de 45% das exportações, com destaque para a castanha de caju,
o algodão e o açúcar.
A agricultura apresenta todos os elementos
característicos de um pais subdesenvolvido: atraso técnico, falta de capitais,
rendimentos baixos e dependência das condições naturais. A miséria dos
camponeses é ainda mais acentuada que a dos habitantes da cidade. Em bons anos
de colheita, registam-se alguns excedentes que são vendidos.
Os níveis de Vida muito baixos dificultam a acumulação do
capital necessário para o melhoramento técnico e fazem com que os rendimentos
dos camponeses sejam inferiores aos dos citadinos; aos atrasos culturais, em
particular o analfabetismo, e as dificuldades constantes somam-se as crises
ligadas às calamidades naturais (ciclones, chuvas torrenciais ou secas
prolongadas).
Conclusão
Para concluir dizer que o trabalho foi feito sem nenhuma
dificuldade. Na base do trabalho consegui extrair as informações sobre
Agricultura.
Este trabalho não só serve de avaliação, mais também mi
deu uma visão ampla sobre o tema Agricultura, apartir dele consegui difinir o
significado de Agricultura; a finalidade de uma agricultura e outros assuntos
que nele se envolve.
Bibliografia
NONJOLO, Luís Agostinho; ISMAEL, Abdul Ismael. G10 -
Geografia 10ª Classe. Texto Editores, Maputo, 2017.